Independente dos acidulantes e corantes, um dos componentes sempre presente nos refrigerantes é o açúcar.

O excesso de açúcar pode causar cáries, excesso de peso, obesidade, flatulência (gases), agravar quadros de gastrite, diabetes, níveis elevados de triglicerídeos (gorduras) sanguíneos, o que pode levar ao aumento dos níveis do colesterol total e da fracção LDL (mau colesterol).

Dentre as variedades de refrigerantes existentes no mercado, os refrigerantes mais consumidos são os do grupo cola e guaraná, que são ricos em cafeína, também presente em outros alimentos: chá preto, chá verde, chá mate e chocolate.

A cafeína, em diferentes graus, tem acção diurética, vasodilatadora e excitante do sistema nervoso central; revigora e diminui o sono e a fadiga.

Por outro lado, provoca uma descarga de adrenalina e, quando consumida em doses muito elevadas, pode desencadear pequenos tremores involuntários, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.

Além da cafeína presente nos refrigerantes também encontramos na sua composição o ácido fosfórico. Essa substância pode prejudicar a fixação do cálcio nos ossos, podendo instalar a osteoporose (fragilidade óssea) sobretudo quando substituem o leite ou seus derivados e a carie dentária, quando consumidos entre refeições...

A percentagem de pessoas obesas em Portugal ainda não é igual à norte-americana, mas para lá caminha .O consumo de bebidas gaseificadas aumenta entre os adolescentes em paralelo com o aumento da obesidade.

Os refrigerantes são um problema para a saúde, não apenas pelo que contêm, mas principalmente, pelo que podem retirar a uma alimentação equilibrada

O consumo elevado de refrigerantes está frequentemente associado a uma ingestão reduzida de vitaminas, minerais e fibras . Recentemente, surgiram diversos trabalhos que apontam para uma relação directa entre o ganho de peso e o consumo de refrigerantes com elevados teores de açúcar.

Apesar de ainda ser necessária mais investigação, os refrigerantes parecem associar-se ao aparecimento de “pedras nos rins”. Para além do açúcar e do ácido, a cafeína presente em muitos refrigerantes pode provocar dependência e aumentar a excreção de cálcio e estar associados a situações de alergia, hiperactividade e falta de atenção na escola.